Os anarquismos, o violão, o violão, os anarquismos. É, são importantes. Eu adoraria dizer que isso é tudo bobagem, só pra ver ele descontoladão, empinando o queixo retrátil, levantando a voz, gesticulando com o nariz vermelho e enfiando o braço inteiro na sua ferida. (adoro o galo puto, é pior que o Marcão dando entrevista depois de goleada em casa), mas eu reconheço o quanto essas coisas fazem dele quem ele é. Pra quem vê o gustavo sentado na cantina do judeu, tomando café doce pra cacete, lendo algum livro da editora 34, de all star roubado e calça branca, pode parecer que é só isso mesmo. Mas o mais legal do gustavo é o deslumbre e é nele que ele se desarma.
O galo é um puta deslumbradão, no melhor sentido da coisa. A gente senta, bebe dois fernêsss e ele começa a viajar, a especular um monte de coisas sobre o futuro, sobre os projetos, a banda, o filme, a peça, o ensaio, o apartamento, tudo. Vira um bobalhão encantado com as coisas do mundo, com a vida, com as possibilidades, com todo monte de gente maluca que a gente sempre conhece junto. Ceis percebem que ele vai virando um pouco as pessoas que ele gosta? Genial essa mistura de reverência e referência que ele faz.
Acho muito gostoso conviver com esse galo que tem coragem de abaixar a guarda. Tenho certeza que é por isso que ele vê um monte de coisa que eu só percebo depois, quando ele canta.
Galinho... eu nem lembrava mais que no começo era galinho... Não foi o guto que inventou esse apelido. Ele me lembra o zico: a batata da perna e o jeito de olhar são quase os mesmos.
Acho que é por isso que eu não paro de pagar nem os choppes nem as ligações telefônicas.
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Acho que a potência vem do deslumbre. Porque não é um deslumbre passivo, de quem fica só admirando. É de quem é afetado pelas coisas, tomado por elas.
ResponderExcluirÉ de quem tá mto vivo.