Ontem, a Jô nos mandou este e-mail de presente:
Eu também vivo disso. Vivo de investir nas relações, de criar vínculos, de aprofundar, de aprender o máximo possível. Vivo tentando ser coerente com o que eu acredito. Vivo querendo ir além, arriscar, quebrar as paredes. Me visto de professora e vou lá falar pras crianças que não existe só uma verdade, que dentro do ouvido tem o martelo, a bigorna e o estribo e que essa história de descobrir o Brasil é a maior mentira. Vivo digerindo uma Argentina que revelou meu certo e meu avesso.
Vivo, como vocês, explorando os outros. Inventando múltiplos eus e analisando os eus dos outros. Vivo criando conflito e vivendo dele – ainda que eu morra de vontade de ser dentista às vezes!
Mas o grande lance é que a vida é curta e o demasiado humano transborda dela o tempo inteiro! Que a pessoa escreve um TCC sobre poiésis e tem que correr atrás de um aluguel mais barato da noite pro dia. O foda é que o tempo urge e, se a gente não escuta Caetano no caminho do trabalho, não dá pra agüentar. E que se não tivesse os amigos no Biro na sexta, a segunda seria certamente impossível.
Enfim, tudo isso pra dizer, que assim como a Luanda, eu to admirando vcs, estou sendo tocada por isso e me deu vontade de compartilhar. Porque esse mundo que vcs criaram é um lugar privilegiado, é uma ilha com lago dentro do vulcão, é canto no dia de chuva, é purpurina no cotidiano e é a gente dividindo a casa com a gente mesmo.
É disso que eu vivo. De acreditar nessas coisas e de fazer elas acontecerem.
Um beijo.
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linda!
ResponderExcluirNossa Jô...
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