O Processo de um Filme.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MARCOS por TOM

A história de vida do Marcão é uma das mais incríveis que eu conheço, pelos fatos que a compõe, que a fazem singular, mas principalmente por ela ser feita totalmente por uma iniciativa própria, de criar o próprio caminho e destino. Menino de Foz do Iguaçu, crescido em Jales, o Marcos fez a si mesmo. Podia ter ficado por lá, mas não, quis ir além das ruas de paralelepípedo e foi morar no Japão, na Austrália e em São Paulo, essa babilônia. É um dos poucos amigos meus que não é do Vale Encantado do Rio Pinheiros, pelo menos não de origem. E não há julgamento nisso, Jales deve ter seus prazeres, ele sabe melhor do que eu e os reconhece, mas o Marcos precisava e precisa ainda ver novos mundos, novas pessoas, novas experiências. Elas o alimentam constantemente, mas a fome não parece próxima de cessar.

E esse lance de reconhecer os prazeres nas coisas mais distintas me faz admira-lo ainda mais. Ele vê a beleza de Jales e de São Paulo, do Japão e do Brasa, como ele mesmo diz, da charmosa e da desengonçada, do futebol e do papo sério, do erudito e do popular, do intelectual e do braçal.

Por falar nisso, o Marcão é um dos maiores cabeções que eu conheço. Literalmente e intelectualmente. Lê pra caralho, de tudo, inclusive umas cascas grossas que eu não encaro não. Jaques Aumont, tá loco! Tenho até um pouco de inveja. Mas ele não se prende a dogmas, cada vez mais o vejo tendo o jogo de cintura pra ver que o mundo e a arte são mais ricos e complexos que todos os modelos explicativos da ciência, que todas as propostas estéticas, mesmo sabendo que é importante nos identificarmos com algumas delas. Mudou muito nesses três anos que a gente se conhece, no começo era mais travadão, né não Marcão?

O Marcos é muito mais complexo do que as minhas palavras poderiam expressar. Ele ama as mulheres de uma maneira toda sua, misturando um olhar artístico e idealizador com um sentir e viver simples e inexpressáveis. Fez um vídeo lindo quando terminou o seu recente namoro, tirando beleza do prazer e da tristeza, misturando a vida e a arte. É um artista em constante formação e que se arrisca entre a pretensão e a despretensão. Foi operário no Japão, lavou pratos na Austrália e veio à São Paulo estudar para dizer ao mundo o que tem pra dizer. Acho que o Marcos já é um aventureiro faz tempo.

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