O Processo de um Filme.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

LIA por TOM

Aquela cara é o coração de Jesus. Pra mim não existe rosto mais lindo do que o da Lia. Com suas sardinhas, sua íris cor de mel, suas sobrancelhas, seu sorriso labial. Não é a beleza fácil, óbvia e banal, é a beleza encontrada que só a intimidade pode ver. É a beleza que traduz a criatura mais encantadora do mundo. E se toda unamidade é burra, a Lia é a exceção à regra, pois quem não gosta da Lia é um imbecil. É que nem não gostar de golfinho.
E quanto mistério tem a Lia. Tão entregue aos outros por um lado, tão sedenta de estar com os amigos, de estar no mundo, na rua, no bar, com o Banzé cachorrinho, com o Biro. E por outro tão guardada para si mesma, receosa do perigo, que nem a Lia 2 consegue encarar. Às vezes prefere o platonismo ao gosto do real.
E sempre me deixa maluco, preocupado, quando fica desvairada, Lia 2, 3, 4, e também quando resolve não comer. "Não tô com fome, mano". Drankoréxica. Não, não é. A Lia é inclassificável. Não come porque não quer, não tem nada a ver com magreza. É uma taurininha teimosa que só.
Eu sonho com o dia que a Lia vai se libertar. Não é arrogância, eu bem sei que ela quer, assim como eu. Às vezes eu acho que falta ela se amar como ama cada um que ela conhece e como quem conhece ama ela. Mas não sei se é isso. A Lia não é a estudante de pedagogia, não é a sapata, não é a Bobó Jamaica. A Lia é a Lia. E vejo nela um orgulho de ser, um irredutibilidade perante ao clichê. Isso permite a liberdade de ser o que quiser, liberdade que só falta se dar.

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