Corpo
Interna. Quarto da Lia – Noite.
Um abajur ao lado da cama é responsável pela pouca luminosidade existente no quarto.
Lia está deitada na cama de olhos fechados. Aos poucos adentram o quarto: Tom, Guto, Gongom, Bel, Adelita, Galo, Sofia e Wagner. Todos vão se colocando ao redor da cama e aos poucos começam a tocar o corpo de Lia que permanece estática. Toques a princípio carinhosos, mas que com o passar do tempo se tornam libidinosos e quase violentos. De repente, a mesma ação, só que agora todos vestindo máscaras neutras. Lia permanece estática.
Interna. Sala da casa da Bel – Fim de tarde.
Bel e Lia estão sentadas no sofá com garrafas long neck de cerveja na mão. Depois de um silêncio e olhares cúmplices:
Bel: E aí?
Lia: E aí eu acordei (dá um gole).
Silêncio...
Lia: Que merda, né? Que grande merda fedida!
Bel: Por que “que merda”?
Lia: Ué mano. O que eu posso fazer? Escrever um poema? (Dá um longo gole).
Nenhum comentário:
Postar um comentário