wagner por galo
Ele gosta de Tigresa. Por ele gostar dessa música eu gosto dele. Ele gosta de silêncio. Parece aquela foto do Chet Baker sentado com o trompete no colo. Tem olhos verdes. Olhos de poeta vidente, destes que miram a estrada lá na frente. Leminski tem um poema chamado “Arte do chá” no qual dois amigos se encontram e curtem juntos essa amizade sem falar nada um ao outro. Ele deve ter gostado bastante da Ilha do Cardoso. Era o contraponto daquelas pessoas que viajam e carregam consigo as mesmas conversas que travam nos bares de sempre do vale encantado do rio pinheiros. Eu ficava admirando. Paulinho da viola canta “hoje eu quero apenas uma pausa de mil compassos”; Arnaldo Antunes “foi a primeira coisa que existiu”. Mas o silêncio dele é outro. É da tigresa. De quem gosta. E eu fitei meu violão.
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